Matéria d'O Globo
A Anheuser Busch-InBev entrou com uma ação contra a detentora da marca Corona nos Estados Unidos, em uma disputa que demonstra a sede das cervejarias por uma bebida alcoólica à base de água gaseificada e aroma de frutas que vem fazendo a cabeça das novas gerações: a hard seltzer.
A cervejaria Modelo, subsidiária mexicana da AB-InBev, acusa a empresa americana Constellation Brands de romper com um acordo que permitia o uso da marca Corona nos EUA exclusivamente em rótulos de cerveja.
A disputa tem a ver com a própria definição da categoria de hard seltzer — se ela poderia ou não ser considerada cerveja. A Modelo argumenta que o licenciamento da marca Corona nos EUA está limitado à categoria cerveja e não inclui hard seltzer.
Já vimos por aqui o porquê do sucesso das hard seltzers. E como esse mercado vem conquistando o Brasil também, com a Verano e a Topo Chico.
Enquanto o consumo de cerveja caiu 1,6% em volume no ano passado nos EUA, segundo dados da Brewers Association citados pela Forbes, as hard seltzers ainda têm muito gás pela frente: em um estudo recente, a Goldman Sachs estimou que este deve ser um mercado de US$ 30 bilhões até 2025.
A AB-Inbev é dona da marca mexicana Corona em todos os países menos nos EUA. Isso porque, quando a empresa comprou a cervejaria Modelo em 2013, o órgão antitruste americano determinou que a operação da Modelo nos EUA, incluindo a marca Corona, fosse vendida para a concorrente Constellation.
A Constellation lançou sua hard seltzer com a marca Corona em fevereiro do ano passado e em pouco tempo a bebida conquistou 6% do mercado: hoje é a quarta marca mais vendida da categoria. A Bud Light Seltzer, da AB-Inbev, é a terceira, atrás da White Claw (Mark Anthony) e da Truly (Boston Beer).
Matéria reproduzida d'O Globo.